Turma 304
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Morfologia das angiospermas
Após a liberação da semente pelo fruto, inicia-se o processo de germinação, desde que as condições do ambiente estejam adequadas às necessidades daquela espécie. Existem sementes que necessitam de uma determinada quantidade de água e temperatura; há sementes que só germinam na presença de luz, outras em ambientes sombreados, entre outras condições. Geralmente, as sementes podem permanecer dormentes quando as condições para a germinação não são adequadas.
O embrião começa a utilizar as reservas nutritivas da semente assim que a germinação se inicia.
O endosperma é uma formação que existe na semente de milho, mas não se observa no feijão. O que ocorre durante a formação da semente de feijão é que o endosperma é dirigido pelo embrião e os nutrientes são transferidos pra outra estrutura, os cotilédones, que passam a atuar como estruturas de reservas.
No milho o cotilédone único não armazena material nutritivo do endosperma. Tanto o endosperma quanto o cotilédone ficam evidentes na semente como estruturas individualizadas.
Em muitas dicotiledôneas os cotilédones saem da terra junto com a planta em formação e, à medida que a planta se desenvolve, eles vão diminuindo de volume. Os cotilédones vão murchando, pois o material nutritivo que contêm vai sendo utilizado pelo embrião. Quando os cotilédones murcham completamente e caem, a nova planta já tem raízes, caule e folhas verdes suficientes para poder nutrir-se independentemente deles.
2. A raiz
Embora a maioria das raízes seja subterrânea, existem as raízes aquáticas e as aéreas.
As raízes de plantas quem vivem fixas ao solo são em sua maioria subterrâneas e têm a função de fixação da planta ao solo. As raízes aquáticas são encontradas em plantas que normalmente flutuam na água; não têm função de fixação da planta. Ambas têm uma função comum: a absorção de água e sais minerais.
As raízes aéreas: pertencem a plantas epífitas, que se desenvolvem em troncos e galhos de árvores. Elas são importantes para a fixação da planta à hospedeira, mas também retiram água e sais minerais que se acumulam entre elas e o tronco que as suporta.
Em epífitas as raízes crescem em direção ao solo, onde se ramificam. Muitas vezes essas raízes enrolam-se ao tronco da hospedeira que, ao crescer em espessura, acaba sendo comprimida; a circulação da seiva bruta é impedida, podendo causar a morte da planta hospedeira.
Certas espécies de plantas vivem sobre indivíduos de outras espécies e possuem raízes que penetram no corpo da planta hospedeira e dela retiram nutrientes. Nesses casos, fala-se em planta parasita. Não é o caso das epífitas. Exemplo de planta parasita é o cipó-chumbo. Ele se fixa sobre plantas de outras espécies e produz raízes finíssimas, chamadas haustórios, que penetram nos tecidos condutores de seiva da hospedeira e retiram nutrientes.
O cipó-chumbo é o dos hemiparasitas (semiparasitas), caracterizado por possuir partes verdes e realizar fotossíntese. Esse é o caso da erva-de-passarinho.
Raízes formam-se a partir de uma região especial situada junto à porção inferior do caule; não se formam a partir de caules ou de folha, isso pode ocorrer e, nesse caso, as raízes são chamadas adventícias.
Raízes adventícias atuam como estruturas auxiliares de fixação da planta ao solo, também conhecidas como raízes suportes.
Nos manguezais, os sedimentos são pobres em oxigênio e cobertos periodicamente pelas marés. Plantas que ali vivem possuem um tipo especial de raiz que permite o contato com o ar. Essas raízes emitem raízes secundárias que crescem verticalmente para fora do substrato, obtendo melhor aeração. Elas são chamadas pneumatóforos e possuem orifícios de aeração, chamados pneumatódios.
2.1. Raiz subterrânea e suas funções
As raízes das angiospermas distribuem-se por dois sistemas radiculares diferentes:
• o sistema ramificado: próprio faz dicotiledôneas;
• o sistema fasciculado: próprio das monocotiledôneas;
A figura a seguir mostra com mais detalhes e de forma esquemática um sistema radicular ramificado, típico de dicotiledôneas
Nesse sistema existe uma raiz principal, também chamada pivotante ou axial, da qual partem raízes secundárias. As raízes secundárias possuem as mesmas regiões que a raiz principal ou pivotante alem de permitir uma melhor exploração do solo por parte da planta, auxiliar na sua fixação.
A zona pilífera é a região onde ocorre a absorção de água e sais minerais do solo.
A região lisa é a principal região de crescimento da raiz, em comprimento.
A região meristemática é uma região frágil e protegida por células diferenciadas que formam uma estrutura com aspecto de capuz, chamada coifa.
Em plantas monocotiledôneas adultas, não se reconhece uma raiz principal, o que dá ao sistema um aspecto de feixe ou cabeleira. Essas raízes são adventícias.
As raízes podem armazenar material de reserva, construindo as raízes tuberosas. Isso ocorre geralmente no sistema ramificado, tento na raiz principal quanto nas secundárias.
3. O caule
O caule é a parte da planta que sustenta as folhas. Ele se forma a partir de um meristema apical situado no embrião e que dá origem na planta adulta, a gema apical.
Além da gema apical existem as gemas laterais, que permitem a ramificação. Cada ramo terá uma gema apical e outras gemas laterais.
A região do caule que contém as gemas laterais compõe os nós, e o intervalo entre um nó e outro é chamado entrenó. O crescimento em comprimento do caule ocorre principalmente pelo aumento das células dos entrenós mais próximos do ápice das plantas.
A presença de gemas caracteriza o caule e permite distingui-lo da raiz, pois esta não as possui.
As gemas também dão origem às folhas e às flores.
Tipos de caule
• Caules aquáticos: os caules de plantas aquáticas geralmente são clorofilados, realizando fotossíntese. Costumam possuir um tecido rico em espaços onde há retenção de ar, o aerênquima, importante para a respiração e para a flutuação.
• Caules subterrâneos: os caules subterrâneos são de três tipos, como mostram as figuras a seguir:
O rizoma cresce mais ou menos paralelamente à superfície do solo, mas dentro dele. Do rizoma partem folhas em direção à superfície, como acontece com a bananeira. Nessa planta, as bainhas das folhas formam um pseudocaule, isto é, assumem em conjunto aspecto de caule. Exemplo de rizoma a vitória-régia
O tubérculo caracteriza-se por ser um caule que armazena grande quantidade de material de reserva. Um dos principais exemplos é a batata comum, também conhecida como batata-inglesa (Solanum tuberosum).
O bulbo é uma estrutura formada por uma parte basal, o prato, que corresponde ao caule bastante reduzido, de onde partem numerosas folhas modificadas, os catafilos. Estes catafilos podem ser:
• secos: catafilos de produção.
• suculentos: catafilos de reservas.
Um bom exemplo de bulbo é a cebola, que apresenta catafilos suculentos. O alho é um bulbo complexo, sendo cada “dente” considerado um pequeno bulbo simples suculento.
• Caules aéreos:
Os caules aéreos podem ser de três tipos:
eretos: quando conseguem sustentar-se sem apoio;
volúveis: quando se enrolam em um suporte;
rastejantes: quando vivem diretamente sobre a superfície do solo
Os caules mostrados nas figuras são eretos e apresentam nomes de acordo com suas características:
• tronco: o que apresenta ramificações, nós e entrenós pouco evidentes. Exemplo: mangueira.
• estipe: não se ramifica, possui nos e entrenós bem de evidentes e suas folhas situam-se na extremidade do caule. Exemplo: palmeiras.
• colmo: geralmente não se ramifica, possui nós e entrenós bem evidentes e folhas geradas a partir das gemas laterais. Exemplo: cana-de-açúcar; bambu, que pode apresentar pequenas ramificações.
O estipe diferencia-se do colmo porque é maior e mais espesso.
Os caules volúveis são representados pelos caules de trepadeiras.
Quanto aos caules rastejantes, dois bons exemplos são o da aboboreira e o do meloeiro. Muitas vezes os caules rastejantes podem enraizar de espaço em espaço, sendo então chamados de estolhos ou estolões.
• Caules modificados: alguns caules apresentam modificações e realizam funções específicas, não típicas de caules.
As fotos mostram duas modificações ou adaptações do caule: os espinhos, que são formações pontiagudas e atuam como defesa para a planta, e as gavinhas, filamentos enrolados que auxiliam na fixação.
Os cactos possuem espinhos. Esses espinhos são adaptações de folhas e não de caule. Os caules dos cactos são achatados, permanecem verdes por toda a vida da planta e realizam uma importante função, que normalmente é realizada pelas folhas: a fotossíntese. A modificação das folhas em espinhos é uma adaptação dessas plantas a ambientes onde há restrição de água, pois a transpiração foliar é reduzida devido à sua pequena área de superfície.
Formações pontiagudas desenvolvidas em certas plantas são os acúleos. Eles não são espinhos; são formações da epiderme do caule, podendo ser facilmente destacados.
A rizófora ou mangue-vermelho possui estruturas que partem do caule e se dirigem para o solo, participando da sustentação da planta no sedimento instável. Essas estruturas assemelham-se a raízes na sua aparência e soa chamados rizóforos. Os rizóforos são ramificações especiais do caule dessas plantas, e não raízes.
Outras modificações especiais dos caules são os xilopódios, os cladódios e os filocládios.
Os xilopódios são caules tuberosos, subterrâneos, comuns em certas plantas do cerrado e também na maniçoba, uma planta comum na caatinga e da qual se extrai borracha. Os xilopódios armazenam água e outras substâncias de reserva, sendo adaptações de certas plantas a ambientes de restrição de água, como a caatinga e o cerrado.
Cladódio e filocládio são expressões utilizadas para designar certos tipos de caules cujo formato lembram folhas, o que é comum em certas espécies de plantas que vivem em ambiente com restrição de água e possuem folhas reduzidas, modificadas ou ausentes.
4. As folhas
A maioria das folhas é aérea, mas existem algumas que são aquáticas e outras que são subterrâneas.
• As folhas submersas são filamentares.
• As folhas flutuantes são arredondadas.
• As folhas aéreas são amplas e sagitiformes (aspecto de seta).
A ocorrência de diferentes tipos de folhas em uma mesma planta tem o nome de heterofilia.
As funções básicas das folhas são fotossíntese e transpiração, processos favorecidos por uma superfície ampla como geralmente é o limbo da folha.
Em plantas de ambientes muito secos e quentes, é muito comum a ocorrência de plantas com folhas pequenas ou atrofiadas; elas captam a energia luminosa e controlam as trocas gasosas, porém têm a transpiração excessiva evitada.
Geralmente, as dicotiledôneas apresentam pecíolo unindo o limbo ao caule; as monocotiledôneas apresentam bainha (folhas invaginantes).
As três partes da folha, bainha, pecíolo e limbo, raramente estão presentes em uma mesma folha.
Na folha de cinamomo o limbo é dividido em partes. Cada uma das partes em que se divide o limbo chama-se folíolo. Folhas como essas são chamadas compostas, em contraste com as folhas de limbo indiviso, chamadas simples.
A falta de limbo é excepcional e, quando ocorre, ele pode estar substituído pela expansão de outras partes da folha. É o que acontece, por exemplo, com a planta de ervilha, onde são as estípulas que se desenvolvem.
Na mimosa (Acacia), o desenvolvimento é do pecíolo, que assume aspecto de limbo e recebe o nome de filódio.
Uma curiosa modificação de folha é a que ocorre em plantas carnívoras.
Essas plantas geralmente exalam odores que atraem principalmente insetos. Quando pousam sobre as folhas, os insetos podem ser aprisionados.
No gênero Nepenthes, a folha desenvolve uma urna (ascídio) que contém pêlos em suas paredes internas. Esses pêlos permitem a entrada, mas não a saída dos insetos que ficam presos no interior do ascídio e acabam sendo digeridos por enzimas produzidas pela folha.
No gênero Drosera, as folhas apresentam estruturas que lembram pêlos avermelhados: elas secretam uma substância adesiva que prende os animais pequenos que andam em cima das folhas.
Nomes: Pamela, Bruna e Kélen Turma: 304
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Angiospermas,
Exemplo de angiosperma com flor e fruto.
São muito abundantes na Terra, e ocupam os mais diversos ambientes. Assim sendo, têm grande importância na produção de matéria orgânica (por produzirem a partir da luz solar e servirem de alimento para animais).
Assim como nas gimnospermas, há alternância de gerações (gametófita e esporófita), com predominância da esporofítica, e a flor é e estrutura responsável pela reprodução sexuada, com diferenças nas estruturas florais.
As angiospermas são divididas em dois grupos: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.
Monocotiledôneas
•Raízes fasciculadas
•Folhas com nervuras paralelas (paralelinérvea)
•Sementes com um cotilédone
•Flores trímeras (múltiplas de 3)
•Ciclo de vida curto (por causa da raiz pequena)
•Crescimento primário
• Caule: Feixes lenhosos aleatórios
Exemplos: Gramíneas, arroz, milho, cereais, centeio, trigo, aveia, cana, palmeiras, etc.
Dicotiledôneas
•Raíz axial ou pivotante permitindo assim atingir maiores profundidades
•Folhas com nervuras geralmente reticuladas
•Flores tetrâmeras ou pentâmeras (múltiplas de 4 ou 5)
•Semente com 2 cotilédones
•Ciclo de vida longo
Crescimento secundário
Exemplos: Leguminosas como amendoim, feijão, soja, lentilha e ervilha, além do ipê, do jacarandá, da roseira, da paineira, etc.
Reprodução das angiospermas.
As angiospermas são plantas superiores cujos órgãos reprodutivos localizam-se nas flores. As anteras são os órgãos masculinos: produzem pólen, a célula reprodutora "masculina". Na parte mais interna da flor você encontra o gineceu, que é o conjunto de estruturas que compõem o órgão reprodutor feminino.
O reprodução sexuada começa pelo processo de polinização, o transporte dos grãos-de-pólem da antera ao estigma do gineceu. A fecundação cruzada é a mais comum (de uma flor para a outra).
Os processos de fecundação são:
* Anemofilia: Realizada pelo vento.
* Hidrofilia: Realizada através da água;
* Ornitofilia: Realizada pelos pássaros.
* Entomofilia: Realizada pelos insetos.
* Quiropterofilia: Realizada pelos morcegos;
* Antropofilia: Realizada pelo ser humano.
A fecundação ocorre quando o grão de pólen entra em contato com o estigma ocorre a germinação e forma o tubo polínico ou gametófito masculino. A célula divide-se por mitose originando dois núcleos espermáticos. O tubo cresce e atinge o óvulo (gametófito feminino) e um dos núcleos fecunda o oosfera (n) formando um zigoto (2n).
O zigoto entra em segmentação e forma o embrião.
O outro núcleo espermático (n) funde-se com os núcleos polares formando uma célula triplóide (3), que
por mitoses forma o albúmen (reserva alimentícia) que envolve o embrião formando a casca da semente (tegumento).
Nas angiospermas dicotiledôneas, para forma uma nova planta angiosperma, não precisa de água, o endosperma é digerido pelo embrião e o produto passa a fazer parte dos cotilédones.
Nas monocotiledôneas o cotilédone não possui reserva, pois essa reserva nutritiva fica encerrada
no albume.
Assim, a semente é o óvulo fecundado e desenvolvido.
Após formar a semente a parede do ovário transforma-se no pericarpo que é a parede do fruto.
Com a germinação da semente surge uma nova planta, fechando o clico reprodutivo das angiospermas.
A propagação das sementes pode-se dar pela:
• Anemocoria: levadas pelo vento;
• Hidrocória: disseminadas pela água;
• Zoocoria: disseminadas pelos animais.
A reprodução assexuada pode se dar, por exemplo, pela plantação de mudinhas ou de outras partes da planta.
Estrutura da flor
Flor: É o aparelho de reprodução das angiospermas. Uma flor completa de angiosperma aparece organizada em:
•pedúnculo floral – eixo que liga a flor ao caule.
•receptáculo floral – parte dilatada do pedúnculo, onde estão inseridos os elementos florais.
•cálice – constituído por folhas modificadas estéreis chamadas sépalas.
•corola – constituída por folhas modificadas estéreis chamadas pétalas.
•androceu – constituído por folhas modificadas férteis chamadas estames ou microesporofilos.
•gineceu – constituído por folhas modificadas férteis chamadas carpelares, pistilos ou macroesporofilos.
•perianto – nome que se dá ao conjunto de cálice e corola.
•perigônio – às vezes o cálice fica igual à corola na forma e na cor; ao conjunto dá-se o nome de perigônio.
•brácteas – são folhas modificadas que servem para a proteção da flor ou de uma inflorescência.
Estame – folha modificada organizada em três partes:
•filete
•antera
•conectivo.
Folha carpelar ou carpelo – a folha carpelar toma a forma de uma garrafa, na qual se podem reconhecer três partes: estigma, estilete e ovário. No interior do ovário formam-se os óvulos.
Nomes: Maria Eduarda, Mauricio, Eliza e Luciano.
domingo, 11 de julho de 2010
Fisiologia Vegetal
A água e os sais minerais penetram na planta através das extremidades das raízes, principalmente na zona dos pêlos absorventes, onde as paredes das células são bastante permeáveis.
Após atravessar a epiderme, a água e os sais minerais nela dissolvidos deslocam-se para a região central da raiz. O transporte de água pelo aploplasto é interrompido na região endoderme. As células endodérmicas estão fortemente unidas umas nas outras por meio de cinturões de suberina, as estrias de Caspary, que impedem a água e os sais de atravessar as paredes celulares.
Porem uma vez no interior do cilindro central, os sais minerais são bombeados para o interior das traqueídes e dos elementos de vaso por um tipo especial, chamada células de transferência.
Condução
• Condução da Seiva Bruta: a água e os sais minerais absorvidos pelas raízes do solo sobem até o topo do vegetal através dos vasos lenhosos. Três fenômenos estão envolvidos e atuam juntamente para a subida da seiva das raízes até as folhas.
• Capilaridade: fenômeno físico que resulta das propriedades de adesão e coesão entre as moléculas da água. Como a água é uma substância polar, as pontes de hidrogênio entre as moléculas mantêm a coesão entre elas.
• Pressão de Raiz: ao absorve do solo a seiva por transporte ativo, a raiz fica hipertônica e a água entra nas células por osmose. Essa entrada gera a pressão de raiz
• Controle de transpiração: a transpiração é a perda de água por evaporação que ocorre através da superfície corporal de plantas e animais. Nas plantas, a perda de água para a atmosfera se dá principalmente nas folhas através dos estômatos.
• Estômato: é uma estrutura epidérmica da folha que permite controlar a entrada e saída de gases e de vapor d’água. Um estômato é formado por duas células em forma de rim ou de haltere, ricas em cloroplastos, denominadas células guardas. A entrada de água modifica o formato dessas células, um orifício entre elas é aberto chamado de ostíolo. Na saída de água as células murcham e o ostíolo se fecha.
Diversos fatores ambientais influenciam a abertura dos estômatos além da água entre eles:
• A luz: a maioria das plantas abre os estômatos assim eu o sol nasce, fechando ao anoitecer. Dessa forma a planta recebe gás carbônico para fotossíntese, suprimento de oxigênio para respiração. E a noite o fechamento diminui sensivelmente a perda de água por transpiração.
• Influência de gás carbônico: os estômatos se abrem quando a planta é submetida a baixas concentrações de gás carbônico e se fecha quando a concentração desse se eleva.
• Migração de potássio: a luz ativa a quebra de amido presente nas células e faz com que ácidos sejam produzidos. O aumento desses ácidos propicia a entrada de íons de potássio o que aumenta a pressão osmótica fazendo com que os estômatos se abram.
• Ácido abscísio: quando começa a faltar água na folha, este ácido penetra nas células-guardas e provoca à saída de potássio isso faz com que elas se tornem flácidas e se fechem.
• Condução da Seiva Elaborada: são substancias orgânicas produzidas nas folhas e precisa ser distribuída para todas as partes da planta que não realizam fotossíntese como a raiz, o caule, as flores e os frutos.
Nas células das folhas forma-se a sacarose que chega até o floema. Neste ela é absorvida por transporte ativo pelas células-companheiras os vasos liberianos e passa para o interior da célula do vaso. Com a chegada da sacarose a pressão osmótica aumenta e ela absorve água do xilema vizinho. Com a entrada de sacarose no vaso da folha aumenta o volume de seiva e a pressão da água dentro do vaso. Sabendo que a seiva move-se da região com a pressão hidrostática maior para a de menor.
Hormônios Vegetais
O crescimento e o desenvolvimento das plantas são controlados por complexas interações de fatores internos e externos ao vegetal. Entre os fatores internos destacam-se os hormônios vegetais. Foram até hoje identificados cinco tipos destes hormônios: auxinas, giberelinas, citocininas, ácido abscísico e etileno. Esses hormônios controlam o desenvolvimento das plantas atuando sobre a divisão, a elongação e a diferenciação de células. Possuem efeitos variados, dependendo do local onde atuam e da sua concentração.
1. Auxina (acido indolacético ou AIA): essa substancia é produzida principalmente no meristema apical do caule e transportada através das células do parênquima até as raízes. O seu transporte é unidirecional e atua também contra a gravidade. Sua função é promover o crescimento das raízes e dos caules assim como inibir o crescimento das gemas laterais até que o ápice da planta esteja na medida certa.
A auxina também estimula o amadurecimento do fruto e permite a produção de frutos sem sementes pulverizando-se auxina sobre flores não polinizadas.
2. Citocinina: estimulam a divisão celular (citocinese). Também retardam o envelhecimento e atuam no desenvolvimento de gemas laterais. São produzidas nas raízes e transportadas através do xilema para todas as partes da planta. Embriões e fruto também produzem citocininas.
3. Gliberelina: promove a germinação de sementes e brotos, estimula o crescimento do caule das folhas, a floração, o desenvolvimento de frutos.
4. Ácido abscísico: inibe o crescimento, fecha os estômatos quando falta água, atua nos períodos estimulando a quebra ou o início de dormência da planta. É produzido no caule, folhas velhas e na coifa.
5. Etileno: produzido por todas as plantas (órgãos) é uma substância incolor e gasosa. Está relacionado ao envelhecimento vegetal e a queda das folhas no outono. Promove o amadurecimento dos frutos dependendo da espécie inibe ou estimula o desenvolvimento de raízes, folhas e flores.
Fotoperiodismo
Diversas etapas de desenvolvimento dos vegetais ocorrem em épocas determinadas do ano. O estímulo ambiental utilizado pelas plantas com mais freqüência é o fotoperíodo que é a duração do dia (período iluminado) em relação à noite (período escuro), em um período de 24 horas. A reação da planta a essa duração e chamado fotoperiodismo.
De acordo com a maneira como pó fotoperiodismo afeta na floração, as plantas podem ser classificadas em três tipos principais: plantas de dia curto (florescem quando a duração da noite é igual ou maior que o fotoperíodo crítico), plantas de dia longo (florescem quando a duração da noite tem duração menor que o fotoperíodo crítico) e plantas indiferentes (florescem em qualquer período dependendo de fatores ambientais, como disponibilidade de água e a temperatura).
O fato de as plantas responderem a estímulos luminosos significa que elas são capazes de perceber luz. O fotorreceptor de respostas à luz é o fitocromo uma proteína de cor azul-esverdeada. É um pigmento responsável pela absorção de luz que influi diretamente na floração e na germinação das sementes. Existem dois tipos: o fitocromo R (inativo) e absorve luz vermelha de comprimento de onda de 660 nanometros e o fitocromo F (ativo) absorve luz vermelha de comprimento de onda mais longo 730 nanometros. Sendo ativo de acordo com sua concentração inibe a floração de plantas de dia curto e estimula as plantas de dia longo.
Nomes: Érika, Keila, Letícia e Stephanie
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Gimnospermas
· Gimnospermas
Ø Ciclo de vida de uma gimnosperma
O pinheiro e outras gimnospermas que conhecemos representam a fase
Esporofítica ,diplóide do ciclo de vida alternante. Ao atingir maturidade
Sexual, os esporófitos formam ramos reprodutivos especializados,
Os estróbilos, que podem ser femininos ou masculinos. Um estróbilo
Apresenta eixo central ao qual prendem folhas especializadas ,os
Esporófitos. Estes contes esporângios, no interior dos quais há células
Que passam por meiose e originam os esporos.
Ø Formação do óvulo
Nas folhas férteis dos estrobilOsfemininos forman-se megasporângios,
Estruturas dotadas de células que passam por meiose e originam esporos
Haplóides, estes são denominados megásporos por serem grandes em relação
Ao masculino. Os megásporos dividen-se por meiose formando um gametófito
Feminino, constituído por células haplóides :o megaprotalo.Os tegumentos
Envolvem a folha e constituem o óvulo.
Ø Grão de pólen
Nas folhas férteis dos estróbilos masculinos forman-se os Microporâgios
Estruturas dotadas de células que passam por meiose e originam esporos
Haplóides os MICROSPOROS.
Ø Reprodução
Na época de reprodução, os grãos de pólen são liberados dos estróbilos
Masculinos e transportados pelo vento, podendo chegar até um estróbilo
Femininos contendo óvulos, esse processo é chamado de polinização
(anemofilia).
Ø Germinação
Após a polinização é que o esporo do interior do óvulo germina.
Ele se divide por mitose, originando um conjunto de células haplóides .
Essas células constituem gametófito feminino, que é portanto bastante
Reduzido, algumas dessas células diferencian-se em gametas femininos,
Chamado oosferas, enquanto outras dão origem à um tecido de reserva
De nutrientes.
Quando o grão de pólen atinge o tegumento, uma de suas células
Origina um longo tubo, que cresce em direção ao interior do óvulo, onde
Estão as oosferas, este é chamado tubo polínico. O tubo polínico corresponde
Ao gametófito masculino maduro. A outra célula se divide por mitose e
Origina células espermáticas, que correspondem aos gametas masculinos
E são levadas para o tubo polínico até a oosfera.Apenas uma célula espermática
fecunda uma oosfera, formando um zigoto (diplóide), que se desenvolve em embrião.
Ø Semente
Após a fecundação, o óvulo dá origem à semente, que é formada pelo embrião
(2n), pelo tecido nutritivo (n).
A semente se desprende do estróbilo feminino e, encontrando condições
Adequadas germina. O embrião se desenvolve em uma nova planta (esporófito)
Reiniciando o ciclo.
o Características Gerais :
· Não possuem frutos
· Primeiros vegetais com flores e sementes
· Primeiros vegetais a surgirem com grão de pólen
· Primeiros vegetais com óvulo
· Vegetais que terminam com a quimiotactismo
o Classificação
· Coníferas (pinheiro , ciprestes...)
· Gnitínias
· Cicadaeas
· Ginkgoines (primitivos)
Ø Importâncias
§ Evolutiva : emtudo que foi pioneira
§ Industrial : shampoo , remédios , moveis , perfumes ,papel...
§ Alimentar : Pinhão do pinheiro
§ Ornamental: paisagismo
§ Ecológica : Usada em reflorestamento
Ø Esporófito :
Ø Raiz
Ø Caule
Ø Folha
Ø Flor
Ø Semente
o Curiosidades :
· Geralmente as pinhas chegam à maturidade
Aos três anos de floração .
· O apogeu das gimnospermas ocorreu
Durante o médio baixo mesozóico (triassico e jurássico).
segunda-feira, 5 de julho de 2010
PTERIDÓFITAS
Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.
Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.
Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.
Cavalinha, pteridófita do gênero Equisetum
O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.
A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
Samambaia
Xaxin
Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.
Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito.
Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo. O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.
Soros nas folhas de samambaia
Ciclo de reprodução de uma samambaia
NOMES: YASMIN, FABIANE, ROBSON
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Briófitas
Briófitas
Briófitas (do grego bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta'), são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, a maioria não ultrapassa 30 centímetros, que vivem preferencialmente em locais sombreados e úmidos, que não somente favorece sua sobrevivência como também estabelece meio para o deslocamento dos gametas masculinos (flagelados), permitindo a reprodução. São organismos multicelulares, eucariontes, autótrofos e não possuem sistema de vasos condutores. Possuem pequeno porte e maior especialização celular que as algas, com vários tecidos diferentes constituindo seu corpo. Algumas espécies vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha, algumas espécies podem se desenvolver em ambientes inóspitos como desertos, o gelo dos círculos polares e rochas nuas. Estas últimas são chamadas de espécies pioneiras. Ou seja, são plantas que se desenvolvem primeiro durante a colonização de um substrato, criando condições para o desenvolvimento posterior de outros organismos. Variam sua coloração, que pode ser verde, negra e até quase incolor.
Elas representam os vegetais mais antigos e que seus ancestrais provavelmente encontram-se na base da evolução de todas as plantas terrestres. Outro fato que você provavelmente não sabia é que existe uma espécie de musgo que, somando suas áreas de ocorrência ao redor do mundo, pode ser considerada como a planta mais abundante da superfície do planeta.
Classificação:
Classe Musci: Classe em que seus representantes são os musgos, vegetais que apresentam o corpo dividido em três regiões específicas rizoíde, caulóide, e filóide.
· rizóides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
· caulóide - pequena haste de onde partem os filóides;
· filóides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
Essas estruturas são chamadas de rizóides, caulóides e filóides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.
Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.
Acompanhe o raciocínio: se uma planta terrestre de grande porte não possuísse vasos condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos dias quentes - quando as folhas geralmente transpiram muito e perdem grande quantidade de água para o meio ambiente -, elas ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim, toda a planta alta possui vasos condutores.
Classe Hepaticae: O termo hepática (hepato=fígado), deve-se a forma de fígado do gametófito e são características de ambientes terrestres úmidos, sombreados. São plantas de corpo achatado, fixadas ao solo através de rizóides.
Gênero: O mais conhecido é o Marchantia.
Classe Anthocerotae: Briófitas que crescem em locais úmidos e sombreados, seu gametófito é folhoso, arredondado, e multilobado, mede cerca de 2 cm e preso ao substrato por rizóides.
Gênero: Anthóceros.
Reprodução
Assexuada: Esta se dá através da formação de propágulos no interior de estruturas presentes na planta-mãe. Os propágulos se desprendem da planta-mãe e se dispersam através de gotas ou respingos de água. Ao atingir um novo substrato, o propágulo se desenvolve e origina um novo indivíduo adulto.
Sexuada: Na reprodução sexuada das briófitas ocorre a alternância de duas gerações: uma esporofítica (produz esporos) e outra gametofítica (produz gametas). A geração esporofítica é haplóide (n) e, dependente da geração gametofítica, fase diplóide (2n).
O gametófito masculino apresenta, em seu ápice, uma estrutura denominada anterídio. No interior do anterídio são produzidos os gametas masculinos chamados de anterozóides. Estes possuem flagelos e são capazes de se mover na água. O gametófito feminino produz seus gametas, chamados de oosferas, no interior do arquegônio. Quando chove ou quando o musgo é atingido por borrifos de água, os anterozóides atingem a planta feminina e se movimentam até o interior do arquegônio, onde fecundam a oosfera.
Da fecundação se origina o zigoto, que irá se desenvolver sobre o gametófito feminino, originando o esporófito. Quando o esporófito atinge a maturidade, uma cápsula se forma em seu ápice - e as células no seu interior sofrem meiose, originando esporos haplóides. Os esporos são liberados no ambiente e, quando atingem um substrato adequado, germinam, originando um novo gametófito e fechando o ciclo.
Uma das grandes diferenças entre as briófitas e as plantas vasculares está no ciclo reprodutivo das duas. As briófitas são as únicas plantas que possuem a estrutura o esporófito ligado ao gametófito e menor do que este. Nas plantas vasculares ocorre o contrário: o esporófito é dominante e de vida livre.
Importância das briófitas
Atuam como espécies pioneiras no ambiente. Algumas espécies de musgos são conhecidas como turfas, elas ajudam na conservação das encostas, pois absorvem bastante quantidade de umidade, criando um depósito de água, que funciona como combustível, ajudando na qualidade do solo quando estiver seco.
As briófitas, tal como os fungos liquenizados, por suas características anatômicas, apresentam sensibilidade específica aos poluentes, sendo bons indicadores de poluição, prestando-se eficientemente para estudos de biomonitoramento ambiental.
Ainda as briófitas podem ser utilizadas como: antibactericidas, ornamentais em floriculturas, na fabricação de Whisky, controle de erosão do solo e o gênero Sphagnum usado na 2ª Guerra Mundial como algodão (anti-séptico).
Nomes: Douglas, Fagner, Pablo Turma: 304