quinta-feira, 1 de julho de 2010

Briófitas




Briófitas

Briófitas (do grego bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta'), são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, a maioria não ultrapassa 30 centímetros, que vivem preferencialmente em locais sombreados e úmidos, que não somente favorece sua sobrevivência como também estabelece meio para o deslocamento dos gametas masculinos (flagelados), permitindo a reprodução. São organismos multicelulares, eucariontes, autótrofos e não possuem sistema de vasos condutores. Possuem pequeno porte e maior especialização celular que as algas, com vários tecidos diferentes constituindo seu corpo. Algumas espécies vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha, algumas espécies podem se desenvolver em ambientes inóspitos como desertos, o gelo dos círculos polares e rochas nuas. Estas últimas são chamadas de espécies pioneiras. Ou seja, são plantas que se desenvolvem primeiro durante a colonização de um substrato, criando condições para o desenvolvimento posterior de outros organismos. Variam sua coloração, que pode ser verde, negra e até quase incolor.
Elas representam os vegetais mais antigos e que seus ancestrais provavelmente encontram-se na base da evolução de todas as plantas terrestres. Outro fato que você provavelmente não sabia é que existe uma espécie de musgo que, somando suas áreas de ocorrência ao redor do mundo, pode ser considerada como a planta mais abundante da superfície do planeta.
Classificação:
Classe Musci: Classe em que seus representantes são os musgos, vegetais que apresentam o corpo dividido em três regiões específicas rizoíde, caulóide, e filóide.
· rizóides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
· caulóide - pequena haste de onde partem os filóides;
· filóides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
Essas estruturas são chamadas de rizóides, caulóides e filóides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.
Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.
Acompanhe o raciocínio: se uma planta terrestre de grande porte não possuísse vasos condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos dias quentes - quando as folhas geralmente transpiram muito e perdem grande quantidade de água para o meio ambiente -, elas ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim, toda a planta alta possui vasos condutores.
Classe Hepaticae: O termo hepática (hepato=fígado), deve-se a forma de fígado do gametófito e são características de ambientes terrestres úmidos, sombreados. São plantas de corpo achatado, fixadas ao solo através de rizóides.
Gênero: O mais conhecido é o Marchantia.

Classe Anthocerotae: Briófitas que crescem em locais úmidos e sombreados, seu gametófito é folhoso, arredondado, e multilobado, mede cerca de 2 cm e preso ao substrato por rizóides.
Gênero: Anthóceros.

Reprodução
Assexuada: Esta se dá através da formação de propágulos no interior de estruturas presentes na planta-mãe. Os propágulos se desprendem da planta-mãe e se dispersam através de gotas ou respingos de água. Ao atingir um novo substrato, o propágulo se desenvolve e origina um novo indivíduo adulto.

Sexuada: Na reprodução sexuada das briófitas ocorre a alternância de duas gerações: uma esporofítica (produz esporos) e outra gametofítica (produz gametas). A geração esporofítica é haplóide (n) e, dependente da geração gametofítica, fase diplóide (2n).
O gametófito masculino apresenta, em seu ápice, uma estrutura denominada anterídio. No interior do anterídio são produzidos os gametas masculinos chamados de anterozóides. Estes possuem flagelos e são capazes de se mover na água. O gametófito feminino produz seus gametas, chamados de oosferas, no interior do arquegônio. Quando chove ou quando o musgo é atingido por borrifos de água, os anterozóides atingem a planta feminina e se movimentam até o interior do arquegônio, onde fecundam a oosfera.
Da fecundação se origina o zigoto, que irá se desenvolver sobre o gametófito feminino, originando o esporófito. Quando o esporófito atinge a maturidade, uma cápsula se forma em seu ápice - e as células no seu interior sofrem meiose, originando esporos haplóides. Os esporos são liberados no ambiente e, quando atingem um substrato adequado, germinam, originando um novo gametófito e fechando o ciclo.
Uma das grandes diferenças entre as briófitas e as plantas vasculares está no ciclo reprodutivo das duas. As briófitas são as únicas plantas que possuem a estrutura o esporófito ligado ao gametófito e menor do que este. Nas plantas vasculares ocorre o contrário: o esporófito é dominante e de vida livre.


Importância das briófitas
Atuam como espécies pioneiras no ambiente. Algumas espécies de musgos são conhecidas como turfas, elas ajudam na conservação das encostas, pois absorvem bastante quantidade de umidade, criando um depósito de água, que funciona como combustível, ajudando na qualidade do solo quando estiver seco.
As briófitas, tal como os fungos liquenizados, por suas características anatômicas, apresentam sensibilidade específica aos poluentes, sendo bons indicadores de poluição, prestando-se eficientemente para estudos de biomonitoramento ambiental.
Ainda as briófitas podem ser utilizadas como: antibactericidas, ornamentais em floriculturas, na fabricação de Whisky, controle de erosão do solo e o gênero Sphagnum usado na 2ª Guerra Mundial como algodão (anti-séptico).


Nomes: Douglas, Fagner, Pablo Turma: 304

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